segunda-feira, 30 de outubro de 2017

São José do Norte/ RS


Esta cidade fica a 210km de Solidão, lugar aonde nasci e vivi. Antigamente, se precisássemos qualquer coisa, tínhamos que ir a São José do Norte.  Meu pai ia a cavalo. Passava a noite viajando e na volta, ele contava muitas histórias. Histórias de assombração. Ele nos contava sempre sobre uma mulher fazendeira. Dona Hemengarda, que usava um baita revolver na cintura e vagava a noite com seu jipe pelos campos. Ele falava que via uma luz ao longe e se arrepiava  de medo. Andava ele sólito pela estrada e via passar aquele vulto dirigindo o jipe silencioso. Até hoje, quando saio na rua em noite escura, parece que vou encontrar o jipe da Hemengarda.
Aqui chegamos e recém havia saído uma balsa. E lá se fomos dar uma caminhada na cidade e rever as lindas construções antigas. Fiquei feliz de ver que estão restaurando as casas antigas.





























Devido aos valores exorbitantes dos pedágio nas estradas, os caminhoneiros preferem se aventurar na balsa entre Rio Grande e São Jose do Norte seguindo pela BR101, que além de ficar menor o percurso é mais bem barato. Agora temos que lutar por espaço contra os caminhões na travessia de balsa.






Seguimos rumo ao Chuy Uruguaio.


Até a próxima se Deus quiser...


 Anajá Schmitz