sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Memórias de um doble chapa X

 No rincão a vida ia correndo de baile em baile animados pela cordiona de 8 baixos (sanfona de botão) do Chico Machado. Os namorados nos bailes assim como nas visitas na casa dos pais dela miravam que nem duas corujas se olhando sem ter assunto para conversar, por um lado, a timidez, de outro, a falta de assunto. Isso se devia ao fato de não acontecer quase nada para comentar, numa vida com ausência de um simples rádio. Havia próximo outro rincão chamado Rincão dos Moura lá vivia uma senhora velha e enrugada e desdentada, cujo apelido era abobra murcha (abóbora, pelo aspecto) era uma meretriz do pago. Contavam que um gaudério dançando com ela nas suas noitadas gritava: cancha e espaço que eu venho com um anjo nos braços! E explicava: um anjo porque não tem dentes. Nesse rincão aconteceu uma carreira de cancha reta. Os cavalos competidores era uma égua e um reprodutor. Aconteceu que a égua estava no cio, e os animais machos tem percepção disso pelo cheiro da fêmea ( nós humanos perdemos essa capacidade) O reprodutor se enfezou armando sua barraca, o jóquei da égua olhou para traz e viu o enorme problema que se avizinhava e pulou de cima e fugiu, foi um fiasco. 


Na próxima sexta-feira, segue mais recordações de um doble chapa.
                                                             Escrito por Nelcy Cordeiro



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Paisagens do entardecer


Deixando a encantada cidade de Arambaré, com a mente  e espirito carregado de emoção. Seguimos, apreciando o belo cenário que nos dava um breve até logo. Um lugar de magia e história, ainda volto para saber mais do povo que aqui vivia  neste cenário de luz e sabedoria.















Essa musica é um ótimo acompanhamento para as lindas paisagens.




Até a próxima se Deus quiser...

 Anajá Schmitz



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Arambaré



Arambaré é um município do estado do Rio Grande do Sul. Cujo nome significa "o sacerdote que espalha luz". Nesta localidade, conhecida desde os tempos coloniais de 1714, era habitado por índios Arachas, também conhecidos como Arachanes ou Arachãs, que na língua tupi significa "patos", com costumes super especiais. Também morava por lá pescadores e comerciantes de peles que tinham mãos e pés bem desenvolvidos. Arambaré preserva ainda hoje a maior figueira do estado, a Figueira da Paz, com aproximadamente 141 metros de perímetro. Sua copa abrange um raio de 50 metros e a circunferência do tronco é de 12 metros. Com idade aproximada entre 400 e 700 anos, essa figueira está situada no centro da cidade, cercada por bancos e é iluminada à noite, presenteando a população com o  espírito de convívio com a natureza.

Além, de ter um ótimo acesso, é muito bonito o trajeto. 




A figueira é uma árvore originária da região da Mata Atlântica de nome científico de Fícus Organensis, compondo uma bela paisagem natural em toda a Costa Doce. Na cidade, a imagem da figueira é utilizada como um símbolo da emancipação política e administrativa do município. 










Conta à lenda que uma índia de nome “Justa”, teria se abrigado junto a essa figueira e aqui permanecido até a sua morte. Não existe um relato ao certo sobre o que aconteceu, existem muitas histórias de sua permanência solitária no local. Enquanto uns falam de um mal de amor outros segundo o blog Arte e fatos, é relatado que índias defloradas por índios de tribos diferente e que ficassem grávidas eram banidas do convívio daquela tribo, restando assim viver sólitas na mata selvagem. Assim definem a permanência solitária da índia Justa.

Quando mirei essa imagem me veio a mente um presságio de que o espirito da Índia Justa ainda permanece nesta encantada figueira. 



















Arambaré é rodeado pela maior lagoa de água doce do Brasil. A Lagoa dos Patos. 



Até a próxima se Deus quiser...

 Anajá Schmitz